Reino da França Micronacional
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Dom Antônio I
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Celebração aos Fiéis Defuntos - Finados Empty Celebração aos Fiéis Defuntos - Finados

02.11.22 15:48
Celebração aos Fiéis Defuntos - Finados Brasze15

Comunidade Eclesial Micronacinal – CEMIC
Arquidiocese Metropolitana de Paris/Reims
Distrito Eclesiástico de Reims – França




Homilia do Dia dos Fiéis Defuntos – A Esperança da Ressurreição.

Celebração aos Fiéis Defuntos - Finados Newima10

Abadia de Saint Rémy

02 de Novembro de 2022, da Solenidade aos Fiéis Defuntos - Finados.

Prezados irmãos e irmãs em Cristo Jesus,

Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá”. (João 11:25)


É impossível recordamos nossos irmãos e irmãs, amigos e amigas, familiares e entes queridos que já partiram dessa vida sem refletirmos sobre a certeza da morte em nossa trajetória de vida, esse estranho fato sem explicação que iguala tudo que é vivo num só rebanho de condenados, pois tudo que é vivo um dia há de morrer, parafraseando o Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Nossa tendência natural é conferir à morte o status de inimiga da vida e da humanidade, uma vez que desde os primórdios da criação, Ela foi o preço que Adão e Eva pagaram pela desobediência, e as Sagradas Escrituras nos atestam que o salário do pecado é a morte, é o castigo derradeiro.

Contudo eu direcionaria essa reflexão por outro prisma: a morte não é o final, visto que o espírito pertence à eternidade, morrer é apenas uma transição de um mundo para outro, é a despedida da carne e de tudo que nos prende à vida terrena e suas limitações e o despertar em e para Cristo, é o contemplar da face verdadeira do Deus vivo, tal qual a dádiva dos anjos. Só morre definitivamente aquele que se despede desse mundo afastado da graça de Deus, porque o mesmo Deus ofereceu seu filho primogênito na cruz para que os que Nele creem não morram, mas usufruam da vida eterna.

E por isso hoje não é dia de tristeza, não é dia de desespero, não é um dia de lamentações e sentimentos negativos, hoje não é um dia para se cultuar a morte. Tampouco é proibido que se sinta saudades daqueles que nosso olhos não mais podem contemplar, mas que seja uma saudade reconfortante, na certeza de que essas pessoas vivem já em Cristo e de que por meio de nossas orações e culto encontrarão a paz e abrigo na morada eterna do pai. A celebração de hoje, que completa a de véspera – a Solenidade de Todos os Santos representa o grande encontro, a marcha unida da Igreja peregrina que somos nós, com a Igreja triunfante, no céu e nos enche de esperança e de consolo ao mesmo tempo em que nos impulsiona a sermos homens e mulheres melhores para merecer a dádiva de nos reencontrar com os nossos entes queridos na glória.  
Sabemos que lidar com a morte é algo muito difícil, é doloroso, é angustiante, é desesperador, pois nos afasta de quem amamos, nos deixa um vazio impreenchível, nos traz as trevas da incerteza, da impotência e fragilidade humana. Resta a dor, as lágrimas e as lembranças, porém para os que creem no Evangelho, a Liturgia de hoje no convida a celebrar a Festa da ESPERANÇA cristã, pois “Nela brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Para os que crêem em Cristo a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível” (MR, prefácio f. defuntos I).

Hoje eu recordo também muitos amigos e pessoas queridas que já não mais posso compartilhar o convívio, hoje eu lembro especialmente de DOM FERNANDO VALOIS, meu amigo, meu conselheiro, meu exemplo de micronacionalista, prestigiado e habilidoso monarca, exímio político. Infelizmente na ocasião do meu retorno ao micronacionalismo, não pude me alegrar com ele, não pude ser recebido de volta por ele e pelo seu abraço acolhedor, pois ele já estava de volta ao seio paterno, na morada original e o pouco que posso fazer hoje para aliviar a saudade são estas linhas mal redigidas, minhas orações e ter voltado à França para honrar os seus méritos. Dom Fernando como bom cristão que era deve olhar por nós ao lado dos eleitos e sempre estará vivo em nossos corações azuis celestes, cravados com a flor-de-liz.

Levemos velas e flores aos túmulos de nossos entes queridos, pois são símbolos da esperança que ajudam a nos manter confiantes na vida eterna e a estar firmes e guiados pela luz do mundo que é Jesus Cristo. Voltemos para nossas casas com as doces recordações passadas daqueles que já partiram e com um olhar para o futuro de que um dia também iremos nós. Dom Paulo Bosi nos adverte que: “Não nascemos para morrer, mas morremos para nascer… para a vida eterna, na plena comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs”. Portanto se o salário do pecado é a morte, Jesus Cristo é a nossa libertação, pois Ele venceu a morte para que nós também o pudéssemos fazer. Que a luz de Cristo brilhe para todos e todas e que nossos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém!  



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+ Dom Isidoro Card. Bragança Travel de Penalver e Gualda Romanov Costino et Vernek

Secretário de Estado do Vaticano
Decano do Sagrado Colégio Cardinalício
Cardeal-Arcebispo metropolitano de Paris-Reims
Reitor (pro-tempore) do Seminário Arquidiocesano
Grão-Mestre da Sacrossanta Ordem de São Remígio
Prefeito do Distrito Eclesiástico de Reims
Cavaleiro Grão-Cruz da SOMJA
Barão de Dijon
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